sábado, 31 de março de 2012

Antologia À Flor da Pele.



 


NÚBIA CAVALCANTI DOS SANTOS.

Núbia Cavalcanti dos Santos nasceu no município de
Sanharó, uma pequena cidade do interior de Pernambuco
e tem quarenta e nove anos. É funcionária pública, formada
em Ciências Físicas e Biológicas, pela FABEJA - PE.
Herdou da bisavó materna a paixão pela literatura, de acordo
com informações obtidas por sua mãe e suas tias. Escreve
poesias desde os quinze anos de idade. No ano de
dois mil e três teve algumas dessas poesias divulgadas em
uma Revista Mensal, Intitulada Revista de Sanharó. Em
setembro de dois mil e dez, participou do XXXII Concurso
Internacional Literário/SP, das Edições AG, e obteve o
sexto lugar, com as poesias Muito além de um sonho e Um
velho diário, publicadas na Antologia do livro “Noturno”.
No ano de 2011, participou do Grande Concurso Cidade
do Rio de Janeiro/RJ, com as poesias Reencontro, Solidão
e Tributo, publicadas na Antologia “Poesia e Prosa no Rio
de Janeiro”. No Concurso Quem Sabe Faz Agora/RJ,
classificou-se com as poesias Sem você, Vou sair por aí... e
Vida, minha vida.... Mais uma vez, obteve o quarto lugar
no XXXIII e XXXIV Concurso Internacional Literário/
SP, das Edições AG, com as poesias Amanhã, sem você e
Um novo recomeço, publicadas na Antologia do livro
“Amanhã, outro dia”; e Insônia e Boneca de Trapo, que
serão publicadas na Antologia do livro “Liberdade”, com
publicação prevista para abril deste ano. No 13º Concurso
de Poesia 2011, da Biblioteca Popular de Afogados - Recife/
PE, classificou-se com as poesias Doce infância e Borboletas,
ficando entre as cinqüenta selecionadas, que serão
publicadas em Antologia este ano. No V Concurso
Crônica e Literatura - Uberlândia/MG:
Prêmio LiterárioFerreira Gullar, ficou entre os cem classificados,
com a poesia Escrava do medo, que fará parte da Antologia
“Emoções Repentina - Volume III”, com publicação prevista
para fevereiro. Também participou das Antologias
de Poetas Brasileiros Contemporâneos, pela CBJE, volumes
78, 79, 80, 81, 82 e 83, 84 e 85, com as poesias Eterno
amor, Sonhos desfeitos, Razões do coração, Pai, Inspiração,
Insônia, Foram tantas as vezes... e Lá se vai a madrugada,
todas classificadas. Através dos Concursos Literários
procura divulgar suas poesias. Blog: http://
nubia1962.blogspot.com

QUANDO ESTOU COM VOCÊ

Quando estou com você
Não sinto o tempo passar
Porque a sede de te amar
Faz-me de tudo esquecer.

E é tão grande o nosso amor
Quando os nossos lábios se tocam
E os nossos corpos se encontram
Sedentos de amor.

Então, cintila a lua prateada
Rasgando o céu, na madrugada
Como se fosse um convite
Ao nosso amor sem limite.

E o nosso amor, sublime se refaz
Quando, lá no horizonte distante
Surge o sol, com o seu brilho fugaz.

MUSICA AO LONGE

O meu amor por você
É como uma música vinda de bem distante
Que o vento sopra intensamente
Nas doces manhãs primaveris
Banhadas por gotas de orvalho.

Essa música traduz o meu canto triste
Que ecoa quando a brisa sopra suavemente
Levando-a pelos mares distantes
Com o inebriante perfume dos jasmins
Junto com os meus sonhos dourados.

Ouça essa música que traduz o meu lamento
De um coração que vive em tormento
Por amar você, que me embevece
E, ao mesmo tempo, me entristece
Enquanto o meu coração padece.

Venha envolver-se com o meu canto triste
Como se fosse o canto de uma sereia
Em uma noite de lua cheia
Tendo somente como testemunha
A luz resplandescente do luar
Na alva do nascente.

CONTIGO EU IREI...

Quando o dia raiar
E no horizonte despontar
Os primeiros raios do sol.
E vã não será a tua alvorada
Porque eu habitarei no teu coração
Podarei a árvore da saudade.
E plantarei a árvore da felicidade.

Contigo eu irei...
Quando o sol desaparecer
No infinito horizonte
Deixando seus raios dourados.
E vã não será a tua jornada
Se algo vier a bloquear teu caminho
Porque eu vou estar ao teu lado
E ultrapassaremos todos os obstáculo.

Contigo eu irei...
Quando a noite chegar
E no Universo surgir
O luar majestoso.
E vão não será o nosso amor
Porque ele é tão imenso e tão intenso
Quanto às estrelas reluzentes
Bordando a vastidão do Universo.

Antologia Quem Sabe Faz Agora.

SEM VOCÊ

Sem você, meu amanhã
Será como um dia nublado
Sombrio e imensamente frio
Aonde as lembranças vão e veem
Trazendo com elas a saudade
De um amor que se foi.

Sem você, meu amanhã
Não terá mais aquela alegria
Que do meu olhar surgia
Sempre que você chegava
E enchia de encanto
A minha vida vazia.

Sem você, meu amanhã
Será sempre melancólico
E desprovido de felicidade
Embora alimentado pela esperança
De que você virá, ao anoitecer
Embalar os meus sonhos pueris.

VOU SAIR POR AÍ...

Vou sair por aí...
Sem rumo e sem destino
Andar por caminhos desconhecidos
E realizar sonhos adormecidos.

Vou sair por aí...
Em busca da liberdade
Que um dia eu renunciei
Em troca de um grande amor.

Vou sair por aí...
Lutar pela igualdade
Entre homens e mulheres
Entre pobres e ricos.

Vou sair por aí...
Descobrir novos horizontes
Quebrar tabus de velhas tradições
E deixar fluir minhas emoções.

Vou sair por aí...
Alforriar minha saudade
Capturar minha felicidade
E viver um grande amor.

VIDA, MINHA VIDA...

Vida, minha vida...
Às vezes, doce como o mel;
Às vezes, amarga como o fel.
Um dia, é um sonho cor-de-rosa;
No outro dia, uma negra desilusão.

Vida, minha vida...
Encanto, quando chega a primavera;
Desencanto, quando chega o inverno.
Luz, nas noites enluaradas;
Trevas, nas noites nubladas.

Vida, minha vida...
Assim, vai passando lentamente
Como uma nuvem acinzentada
Que corta o horizonte longíquo
Nos dias tépidos de verão.

Vida, minha vida...
Hoje, é um sonho dourado;
Amanhã, uma doce ilusão.
E depois, uma grande saudade
Pungindo o meu coração.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Emoção Repentina. Série Estações. Vol. 3. (Outono)

Núbia Cavalcanti dos Santos
Sanharó (PE) - Brasil

 Escrava do Medo

Ah! Esse medo que me persegue
Como se fosse um monstro invisível
Ou uma sombra oculta
Amedrontando a minha vida!

Aonde quer que eu vá
Ou aonde quer que eu esteja
O meu medo acompanha-me
Fazendo-me sua escrava!

E de nada adianta
Eu tentar libertar-me
Das suas garras vorazes
Que aniquilam o meu ser.

Então, eu fujo de mim mesma
Renunciando aos meus sonhos
E à minha própria felicidade
Por medo de sofrer uma desilusão.

E assim, a minha vida vai passando
Como se fosse uma página em branco
Aonde o medo foi o protagonista
De uma história que não pode ser escrita.

Antologia Poesia e Prosa no Rio de Janeiro.

SOLIDÃO

Sentada à beira da praia
Ouvindo o murmúrio das ondas
Batendo contra os rochedos
Olho para o céu e vejo uma gaivota
Que voa solitária
Cruzando o universo vazio.

E assim, como aquela gaivota solitária
Eu também estou sozinha
Pensando no amor que um dia eu tive
E que foi embora, sem dizer adeus
Deixando-me assim sozinha
Com o coração amargurado.

REENCONTRO

Foi apenas um olhar, um sorriso...
E todo o passado renasceu
Das cinzas de outrora
Como se o tempo não tivesse passado
E um grande amor não tivesse sido
Deixado para trás.

O desejo, enfim, aflorou
Reascendendo a chama da paixão
Que até então, estava adormecida
Como se esperasse a sua volta
E, como em um passo de mágica
O amor, em meu coração, floresceu.

Mas, você foi embora
Desfazendo as ilusões e esperanças
E levando consigo os meus sonhos dourados
De ter você novamente
Sempre ao meu lado
Recuperando o tempo perdido.

E, quando eu já não tinha mais esperança
De te reencontrar novamente
Você me telefona
E diz que nunca me esqueceu
E que eu estarei sempre em seu coração
Apesar de estarmos separados.


TRIBUTO

Caminho na noite silenciosa
Onde se ouve apenas o rumor
Das folhas das árvores
Que se agitam com o vento.

Angustiada, caminho
Caminho com passos lentos e silenciosos
Para não perturbar a paz
Que se faz presente.

Caminho e penso...
Penso em você...
Penso em mim...
Penso em nós...

Caminho e choro...
Choro com saudades de você
E, sem entender, me pergunto
Por que o destino foi tão cruel conosco?

Colho algumas flores silvestres e paro
Porque minha caminhada chegou ao fim
E, à minha frente, há apenas um túmulo
Onde eu me curvo e deposito as flores.

De volta, percorro o mesmo caminho.
Tudo continua igual
Apenas uma estrela surge no horizonte
Tornando o silêncio maior ainda.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 87 - Março de 2012

 
 
 
 
Núbia Cavalcanti dos Santos
Sanharó / PE

Sem rumo

Hoje, o meu coração
É como um rio em desalinho
Que não sabe que rumo tomar
Depois que você se foi
Para bem distante
Sem nenhuma explicação.
E, como uma gaivota triste
Que voa solitária
Cruzando o infinito horizonte
Assim estou eu, sozinha
Perdida em meus pensamentos
Repletos de lembranças de outrora.
Será que um dia irás voltar
E pedir-me perdão
Por todo esse sofrimento que me causaste?
Ou será que fui apenas um brinquedo
Que usaste e jogaste fora
Quando não mais te servia?